terça-feira, 12 de junho de 2018

Dillaz - 1100 Cegonhas


Letra

Mangas olham de lado Porque eu fiz um portfólio sem ter óleo na lambreta Aquilo que eu escrevia era piada E se acabava a papelada A escrivaninha estava escrita com a caneta Eu tenho uma vizinha avariada Passa a vida na noitada Não se lembra se agarrou na branca ou preta Estou a mandar o props P'ro meu bruno o mais fininho Que é tão fino que desaparecia se pisasse uma sarjeta Vais dizer que é patrocínio que eu não compro, só me dão Mas ando a ver uns ténis novos p'ra comprar e tu 'Tas agarrado ao tacho e 'tas abaixo do escalão E a ver que tem um pénis essa tal de Marilu 'Tás burro e não te interas 'Tás à espera p'ra fumá-la Tu és próximo a enrolá-la e a passá-la p'ro monsieur Aponta bem no teu caderno Nunca vai virar um rei da selva Aquele que apanha gonorreia com gnus Voz alta é fadista se olhares Lá p'ra trás tu "vais-te" lembrar da altura Em que falavas do fulano Tu "vais-me" ver na revista De chinelo e calção e uma tshirtzita comprada ao zezito cigano Anda papar do meu prato Quando é peixe barrigudo Sei que cantas de galo mas há quem te encurte a rédea Sou meio despassarado se me vires nas altitudes Estou a esquecer a altura em que o trajeto era tragédia Gente pendurada mesmo presos por um fio Pegam lume ao cordel Mil e cem cegonhas sem vergonha a perguntar Se o que eu fumo é bom mel 2x Já não tinhas dedos p'ra contar As rugas das caras que eu vi Cheguei a guardar a força na gaveta Mas nunca a perdi Tu vês o olhar de quem quer sempre alcança Quando olhas p'ra mim Sinto que tens raiva Sinto que tens Tudo com o seu tempo vai E tudo com o seu tempo cai E tudo com o seu tempo vem O meu bairro é fundamental Nem tudo o que é mau vem por mal Nem tudo o que é bom vem por bem Se tu queres ver a dobrar, então entra no palacete Limpa o pé no meu tapete e sê bem vindo à Jamaica Sem carraça na orelha tu olha bem p'ro cachorro Se eu vivesse na lua tinha likes da Laika Boy acredites ou não Eu tenho a vista cegada mas não duvides Sei o brother que o meu bolso contém Tu vês foguetes na serra Se eu tenho a quinta cercada por indevidos Lava a boca quando falas de alguém E quem te leva p'ra má vida vai por caminho apertado Sai de cana com fiança e tu ficas no caniçal Em todo o bairro a regra número 1 é a palavra confiança Mas ninguém pendura os ténis no estendal

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