segunda-feira, 30 de abril de 2018

António Variações - Povo que lavas no rio


Letra

Povo que lavas no rio
que talhas com teu machado
as tábuas do meu caixão

Povo que lavas no rio
que talhas com teu machado
as tábuas do meu caixão

Há-de haver quem te defenda
que compre o teu chão sagrado
mas a tua vida não

Fui ter à mesa redonda
beber em malga que esconda
um beijo de mão em mão

Fui ter à mesa redonda
beber em malga que esconda
um beijo de mão em mão

Era o vinho que me deste
àgua pura, fruto agreste
mas a tua vida não

aromas de urze e de lama
dormi com eles na cama
tive a mesma condição
Povo, povo eu te pertenço
deste-me alturas de incenso
mas a tua vida não

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