Letra
Eu sei que esperas por mim
Como sempre, como dantes
Nos braços da madrugada.
Eu sei que em nós não há fim,
Somos eternos amantes,
Que não amaram mais nada
Eu sei que me querem bem
Eu sei que há outros amores
Para bordar no meu peito.
Mas eu não vejo ninguém
Porque não quero mais dores
Nem mais batom no meu leito
Nem beijos que não são teus
Nem perfumes duvidosos
Nem carícias perturbantes.
E nem infernos nem céus
Nem sol nos dias chuvosos
Porque 'inda somos amantes
Mas Deus quer mais sofrimento
Quer mais rugas no meu rosto
E o meu corpo mais quebrado.
Mais requintado tormento
Mais velhice, mais desgosto
E mais um fado no fado.
Mais requintado tormento
Mais velhice, mais desgosto
E mais um fado no fado
Autores: Júlio de Sousa e Carlos da Maia
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