Caminhos Magnéticos - Música de Manuel de Oliveira para o filme "CAMINHOS MAGNÉTYKOS" de Edgar Pêra
“Esta música não tem preço, é um bem imaterial, que nos foi dado a partilhar.” É assim que Edgar Pera descreve o tema do exímio guitarrista Manuel de Oliveira para o seu novíssimo filme que é apresentado em Novembro, no festival Caminhos do Cinema, em Coimbra. O tema é igualmente o primeiro avanço do próximo trabalho de Manuel de Oliveira que marcou para o próximo dia 26 de Outubro a edição digital de toda a sua discografia.
Manuel de Oliveira, guitarrista de exceção, empresta às suas composições os reflexos de uma alma ibérica que lhe corre nas veias sem, contudo, deixar latente um respeito, uma veneração intemporal pelas suas origens e tradições. Com um vasto percurso internacional é um dos mais prolíficos guitarristas contemporâneos. Do seu vasto currículo destaca-se a edição internacional de Amarte, a presença nos mais importantes festivais europeus - Emociona Jazz!! (Espanha) e Couleurs Jazz (França), ao lado de nomes como Brad Mehldau, Chic Corea, Mike Stern e Richard Galliano, entre outros. Manuel de Oliveira inaugurou a Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura, editou “Ibéria Live” com os conceituados músicos fundadores do Flamenco Jazz Jorge Pardo e Carles Benavent e mais recentemente criou o conceito Fado Ibéria com a fadista Cristiana Águas. Para o espetáculo em Belmonte, estes dois músicos de exceção apresentam um repertório que viaja pelo mundo inteiro, sempre embalado pela alma ibérica.
Edgar Pêra sobre a música de Manuel de Oliveira para “Caminhos Magnéticos”
“O que me fez escolher esta música para o meu filme Caminhos Magnétykos? Por um lado, o romantismo extremo, equilibrado por uma atenção ao pormenor, que lhe dá um aspecto quase científico. Por outro lado, a harmonia entre o virtuosismo do Manuel de Oliveira e a sensação que estamos perante um gesto de elevação, que nos leva a outro patamar da consciência. Fiquei muito feliz quando o Manuel quis baptizar esta música com o título deste filme inspirado no livro homónimo de Branquinho da Fonseca. As componentes líricas e trágicas mesclam-se neste poema musical, que também se poderia chamar A Tragédia de D. Ramon, -o conto-matriz desse livro, que narra a noite atribulada de um pai, que, depois de ver a sua filha casar com um homem rico e sem escrúpulos, se apercebe que o dinheiro não é tudo. Porque esta música não tem preço, é um bem imaterial, que nos foi dado a partilhar.”
Edgar Pêra
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