Letra
E mesmo que não estivesse eu não contava a ninguém
E mesmo que contasse que diferença é que isso fazia?
A vida seguia e amanhã seria sempre outro dia
Se calhar já falei e tu nunca ouviste,
Mais fácil sorrir do que explicar porque estou triste
Olhaste mas não viste, não se vê para além da muralha
Cada qual com a sua batalha,
Eu sinto, pressinto, chama-lhe o sexto senso
Guarda os teus conselhos, agradeço mas dispenso
Diz que penso imenso e venço cefaleias
As noites são feias quando repenso estas ideias
Malditas insónias, amanhã estão de volta
Sou um alvo vulnerável como o Papa sem a escolta
Não censuro, nem espero que me entendas
Quem dera que a vida tivesse instruções, legendas
Andamos todos a fingir que sabemos o que fazemos aqui
Também eu pensava o mesmo mas depois cresci e percebi
Que isto é igual para toda a gente
Às vezes damos o nosso melhor mas o nosso melhor não é suficiente
Coragem é ter medo sem ninguém notar
Escorro lágrimas à chuva para que não me vejam chorar
Tudo passa, isto também passará
As coisas só têm a importância que a gente lhes dá
Se há coisa que aprendi na vida é que ela continua
Por mais que custe por mais que doa ela continua
Podes rir, podes chorar, a verdade é nua e crua
É que o tempo não pára e a vida continua
Às vezes pessoas que conhecemos tornam-se pessoas que conhecíamos
Às vezes as vidas que temos não são as vidas que queríamos
Às vezes as pessoas que amamos partem sem se despedir
Outra vezes somos nós a partir
Às vezes as pessoas mordem a mão que lhes alimenta
Às vezes o vento sopra forte finca o pé quando venta, aguenta
Até a sombra nos abandona no escuro
Às vezes não há certo nem errado e nada é certo e seguro
Às vezes dás o que tens em troca recebes ingratidão
A serra pode esquecer-se acredita a árvore não
Um dia acordas e o teu amor afinal já não te ama
Um dia é comédia o outro tragédia e drama
Um dia percebes que “para sempre” é menos tempo do que pensaste
E dás por ti sozinho a pensar onde foi que te enganaste
Um dia ganhas tudo para no outro dia perder
Quando finalmente percebes a vida se calhar pode ser
Tarde demais e o tempo acabou
Tarde demais e a vida passou
Partilho aqui a epifania que eu tive
Toda a gente morre mas nem toda a gente vive
Não é desleixo, é desalento, não é preguiça, é apatia
Se te dizem “não te preocupes”, desconfia
Todo o cão tem o seu o dia, um dia será a minha vez
Já vos perdoei muito, agora perdoem-me vocês
Se há coisa que aprendi na vida é que ela continua
Por mais que custe por mais que doa ela continua
Podes rir, podes chorar, a verdade é nua e crua
É que o tempo não pára e a vida continua
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"A Vida (Ela Continua)”
Letra/Lyrics: AC Firmino
Música/Music: Tiago Machado
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