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sexta-feira, 27 de abril de 2018

Auditório Municipal de Lagoa recebe nome do fadista Carlos do Car


Auditório Municipal de Lagoa recebe nome do fadista Carlos do Carmo



A partir de 28 de abril próximo o Auditório Municipal de Lagoa passará a chamar-se Auditório Carlos do Carmo. “Estou extremamente feliz e honrado por esta homenagem”, declarou o fadista diante do convite feito pela autarquia de Lagoa.

O principal equipamento cultural do Município de Lagoa adotará assim o nome do artista Carlos do Carmo, nome maior da música e da cultura portuguesa, numa homenagem única e inédita a nível nacional, que terá lugar a 28 de abril, pelas 17h.

Pelas 21h30, Camané, Cristina Banco, Marco Rodrigues e Paulo de Carvalho, darão voz a um momento que revisitará canções imortalizadas na voz de Carlos do Carmo ao longo destes mais de 50 anos de carreira.

“Dirigimos este pedido a Carlos do Carmo no passado dia 20 de janeiro, depois da sua atuação no Centro de Congressos do Arade, e a sua resposta foi imediata, o que nos deixou muito felizes”, referiu o presidente do município, Francisco Martins. O autarca apontou a visão estratégica de Lagoa na área cultural, realçando que este é um trabalho que “visa reconhecer, mostrar e valorizar o património material e imaterial, dando primordial importância à educação e formação de públicos”.

O percurso de Carlos do Carmo dentro e fora do país e a forma como o seu trabalho se relaciona com a identidade do povo português foram alguns dos motivos que levaram a autarquia a escolher o seu nome. Desde o seu primeiro registo discográfico: “Fado Loucura”, em 1963, a sua voz foi registada em mais de 80 discos individuais, coparticipações e coletâneas. 

Foi distinguido em 1997 com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique pelo presidente Jorge Sampaio e, em 2006, com a Ordem de Mérito pelo atual presidente, Marcelo Rebelo de Sousa. Em 1998 ganhou um “Globo de Ouro” de Excelência e Mérito e em 2002 o Globo de Melhor Disco do Ano, atribuído pela SIC, com o seu trabalho: “Nove fados e uma canção de amor”. Em 2008, depois de participar no filme “Fados”, do realizador espanhol Carlos Saura, viu o seu “Fado da Saudade” ser distinguido com o Prémio Goya.

O município de Lisboa atribuiu-lhe em duas ocasiões a Medalha de Mérito da cidade, a última logo após vencer o Grammy Latino de Carreira, que lhe foi entregue em Las Vegas, distinção inédita para um artista português.



terça-feira, 10 de abril de 2018

Auditório Municipal de Lagoa recebe nome do fadista Carlos do Carmo




Auditório Municipal de Lagoa recebe nome do fadista Carlos do Carmo


A partir de 28 de abril próximo o Auditório Municipal de Lagoa passará a chamar-se Auditório Carlos do Carmo. “Estou extremamente feliz e honrado por esta homenagem”, declarou o fadista diante do convite feito pela autarquia de Lagoa.

O principal equipamento cultural do Município de Lagoa adotará assim o nome do artista Carlos do Carmo, nome maior da música e da cultura portuguesa, numa homenagem única e inédita a nível nacional, que terá lugar a 28 de abril, pelas 17h.

Pelas 21h30, Camané, Cristina Banco, Marco Rodrigues e Paulo de Carvalho, darão voz a um momento que revisitará canções imortalizadas na voz de Carlos do Carmo ao longo destes mais de 50 anos de carreira.

“Dirigimos este pedido a Carlos do Carmo no passado dia 20 de janeiro, depois da sua atuação no Centro de Congressos do Arade, e a sua resposta foi imediata, o que nos deixou muito felizes”, referiu o presidente do município, Francisco Martins. O autarca apontou a visão estratégica de Lagoa na área cultural, realçando que este é um trabalho que “visa reconhecer, mostrar e valorizar o património material e imaterial, dando primordial importância à educação e formação de públicos”.

O percurso de Carlos do Carmo dentro e fora do país e a forma como o seu trabalho se relaciona com a identidade do povo português foram alguns dos motivos que levaram a autarquia a escolher o seu nome. Desde o seu primeiro registo discográfico: “Fado Loucura”, em 1963, a sua voz foi registada em mais de 80 discos individuais, coparticipações e coletâneas.

Foi distinguido em 1997 com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique pelo presidente Jorge Sampaio e, em 2006, com a Ordem de Mérito pelo atual presidente, Marcelo Rebelo de Sousa. Em 1998 ganhou um “Globo de Ouro” de Excelência e Mérito e em 2002 o Globo de Melhor Disco do Ano, atribuído pela SIC, com o seu trabalho: “Nove fados e uma canção de amor”. Em 2008, depois de participar no filme “Fados”, do realizador espanhol Carlos Saura, viu o seu “Fado da Saudade” ser distinguido com o Prémio Goya.

O município de Lisboa atribuiu-lhe em duas ocasiões a Medalha de Mérito da cidade, a última logo após vencer o Grammy Latino de Carreira, que lhe foi entregue em Las Vegas, distinção inédita para um artista português.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Carlos do Carmo - Estrela da Tarde


Letra

Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas, tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca, tardando-lhe o beijo, mordia
Quando à boca da noite surgiste na tarde tal rosa tardia

Quando nós nos olhámos tardámos no beijo que a boca pedia
E na tarde ficámos unidos ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia

Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza

Foi a noite mais bela de todas as noites que me adormeceram
Dos nocturnos silêncios que à noite de aromas e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois corpos cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram

Foram noites e noites que numa só noite nos aconteceram
Era o dia da noite de todas as noites que nos precederam
Era a noite mais clara daqueles que à noite amando se deram
E entre os braços da noite de tanto se amarem, vivendo morreram

Eu não sei, meu amor, se o que digo é ternura, se é riso, se é pranto
É por ti que adormeço e acordo e acordado recordo no canto
Essa tarde em que tarde surgiste dum triste e profundo recanto
Essa noite em que cedo nasceste despida de mágoa e de espanto

Meu amor, nunca é tarde nem cedo para quem se quer tanto.