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quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Diabo na Cruz - Terra Ardida


Letra

Terra ardida
Dizimada terra prenha
Orla da formosa insanidade
Onde a serra fora a única fronteira
E meu pai o que sabia
Sem saber mo ensinou

Hora do cerco
Corda de povos a saque
Horror de aldeia em aldeia

Lebre no monte
A mirar do penedo
Por onde segue a alcateia

Golpe ao anoitecer
Salve-se quem puder
Bem confiada lisura

Não te hão-de proteger
Os dotes da minha mulher
Quando ficares sem a tua

Terra ardida
Dizimada terra prenha
Orla da formosa insanidade
Onde a serra fora a única fronteira
E meu pai o que sabia
Sem saber mo ensinou

Hora do cerco
Corda de povos a saque
Quadrilha de bandoleiros

Desce no monte
Pelos mesmos atalhos
De antepassados guerreiros

Veados a deambular
Cinzas caem do ar
Espalham-se em campos de flores

Uns vêm ajudar
Outros dar que falar
Pôr fama de benfeitores

Terra ardida
Dizimada terra prenha
Orla da formosa insanidade
Onde a serra fora a única fronteira
E meu pai o que sabia
Sem saber mo ensinou

Ficha técnica:
Letra e Música: Jorge Cruz 

sábado, 17 de março de 2018

Diabo na Cruz - Bomba-Canção


Letra

Alvorada canta o galo, aldeia nova
O chão de sempre, a santa vida
Vê-se o céu ensanguentado
E o abutre junto a cova
Mas ninguém dá a jornada por perdida
Quantos filhos pelos séculos a lisboa
De paçãos a funcionários
Eram moços de ovelhas
Deram belos presidentes
Com queda pra presidiários

Bomba canção, bomba canção
Canto artilhado
Pró altar das feiras
Já se foi abril, fado pastoril
Rodem ó parteiras

Na parada dos heróis e vigilantes
Era enorme a afluência
Na parada dos culpados pela desgraça
Ia um cão de duas patas sozinho na penitência
E tu queres vir ensinar-me o que eu faço
Quanta audácia, cipião
Sim, eu tenho ar de parolo e tu és parolo da cidade
Mas qual de nós reluzirá na escuridão?

Bomba canção, bomba canção
Canto paviado de óis a montemuro
Vai sarapatel e broa de mel
Prá mesa do futuro

Que bonito é portugal
De candeia na mão
Sentado no sofá
Em frente à televisão

Findo o dia lá se esconde a varejeira
Fé e ânsia em toda a parte
Vou andando atrás de ti
Só pra ver o por-do-sol
Reflectido na traseira do teu smart

Bomba canção bomba canção
Canto artilhado pró fechar da feira
Se era pra sumir, toca a resistir
Que hoje há baile na eira

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Diabo na Cruz - Pioneiros


Letra


Esquadrão de pioneiros
Seres simples, bem amados,
Têm sonhos delicados e vontades de quem
Só faz por ser pessoa, não temer vida que doa,
Pulso firme no machado a atalhar mais além!
São de fera, fé que esmera
Aberto bem o olho
E do velho no restolho,
Cabe ao novo florir
Pôr mais ferro no arado,
Sol da vinha de focado
Calcular cerca de dado
Que se expressa a fugir...


E a banda pergunta à ordem defunta
E a banda pergunta à ordem defunta
E a banda pergunta à ordem defunta
O que é? Q que é? que é? que é?


Que é feito dos pioneiros?
Dos novos pioneiros
Desses sempre prontos a agarrar o mundo inteiro
Que é feito dos pioneiros?
Dos novos pioneiros
Dos loucos abençoados que se lançam a terreiro...


Onde páram os soldados das horas primordiais?
Rin-tim-tim oh ai!


Esquadrão de pioneiros,
Alam perigos e aventuras,
Não se furtam a agruras,
São a sua própria lei!
Vêm preocupados
Seus irmãos abananados,
Espalhados sem critério pelas coutadas do rei.
Pé de cabra na aldraba,
Abre as sobras do tesouro,
Vira prata, empenha ouro
Pelos motins do país.
Diz o cego "claridade",
Diz o surdo "sanidade",
Diz o mudo com verdade
O que toda a gente diz...

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sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Diabo Na Cruz - Os loucos estão certos


Letra

Os loucos estão certos
Os certos estão fartos
Os fartos são modernos com os pés no chão

Os sogros estão pobres
Os pobres estão mortos
Os mortos são vivos em preservação

O bairro está cheio
As cheias estão à porta
O António das chamuças mudou de canal

Os loucos estão certos
É preciso ouvi-los
Foram avisados não nos querem mal

Os loucos estão parvos
Os parvos estão no trono
O trono que era bênção fez-se maldição

Os trilhos estão cruzados
A fome aí à espera
O tio veio ao casório para insultar o irmão

Os padres comem putos
Os putos comem ratos
Na igreja de São Torpes hoje há bacanal

Os loucos estão certos
É preciso ouvi-los
Foram avisados não nos querem mal

Ai, ai, ai
Já que a gente se habitua ao ai
Ai, ai, ai
Já que a borga continua
Já que o ritmo não recua
Seja o filho avô do pai

Os loucos estão certos
Os certos estão fartos
Os fartos são modernos com os pés no chão

Os trilhos estão cruzados
A fome aí à espera
O tio veio ao casório para insultar o irmão

Os padres comem putos
Os putos comem ratos
Na igreja de São Torpes hoje há bacanal

Os loucos estão certos
É preciso ouvi-los
Foram avisados não nos querem mal

Ai, ai, ai
Já que a gente se habitua ao ai
Ai, ai, ai
Já que a borga continua
Já que o ritmo não recua
Seja o filho avô do pai

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