Ouçam Ouçam E o vento mudou Ela não voltou As aves partiram As folhas caíram
Ela quis viver E o mundo correr Prometeu voltar Se o vento mudar
E o vento mudou E ela não voltou Sei que ela mentiu P'ra sempre fugiu Vento por favor Traz-me o seu amor Vê que eu vou morrer Sem não mais a ter
Nuvens tenham dó Que eu estou tão só Batam-lhe à janela Chorem sobre ela E as nuvens choraram E quando voltaram Soube que mentira P'ra sempre fugira Nuvens por favor Cubram minha dor Já que eu vou morrer Sem não mais a ter
O próximo evento da Gritos, irá realizar-se como habitualmente na Casa do Livro, desta vez comLuca Argel, terça dia 6 de Fevereiro. O concerto terá início pelas 22 horas e a entrada é livre. Link evento facebook: https://www.facebook.com/events/334667380273657/
Letra:
Amanhã
Tudo volta ao normal
depois de fazer sentido
Um corpo leve e vazio
sem saber
Que pode ser assim
ficar perto de mim
dar as mãos e ver o tempo passar.
Sinto que amanhã
será outro dia
Eu não vou esquecer
Sinto que amanhã
será outro dia
Eu não vou esquecer
O espaço que quero ter
faz um silencio total,
que deixa no frio no ar
sem saber,
Que pode ser assim
ficar perto de mim
dar as mãos e ver o tempo passar.
Sinto que amanhã
será outro dia
Eu não vou esquecer.
A.M.A. - Amar Mais Agora
Musica e Letra: Zé Tó Lemos Voz: Joana Andrade | Zé Tó Lemos Master: Miguel Marques
Os A.M.A. desafiaram a criatividade e trabalharam em 2017 para lançar uma música por mês. Cumpriram o objetivo e a 05 de Janeiro foi editado o álbum “Amar Mais Agora”, em formato digital.
O estilo é viciante e irresistível num universo entre os sintetizadores e as melodias de piano. As letras, retratam essencialmente histórias de amor com as duas vozes em uníssono num timbre único e original.
“Intro”, “A Vida Num Sopro”, “Amanhã” e “Ama” (versão acústica) foram as novidades que se juntaram aos 10 temas já editados em formato digital.
Uma verdadeira viagem pela Eletrónica, Pop, R&B.
Uma aposta forte para qualquer SunSet Festival ou indoor.
Tiago Nacarato é um cantautor portuense com raízes brasileiras. O convite de Pedro Cardoso (Peixe, Ornatos Violeta), para integrar uma orquestra de guitarras e baixos elétricos, que pisou palcos como Serralves em Festa, Hard Club ou Casa da Música, foi o início de uma ainda jovem mas promissora carreira musical. O regresso às raízes acontece quando se junta à orquestra Bamba Social como vocalista, um projeto que presta tributo a vários clássicos da música brasileira, recriando-os e acrescentando novas sonoridades. Neste concerto irá apresentar temas originais e ainda algumas versões que têm marcado o seu percurso musical.
*INFORMAÇÃO | Devido à grande procura de bilhetes para o concerto de Tiago Nacarato, no dia 17 de fevereiro no Café Concerto do Cine-Teatro de Estarreja, o mesmo, vai ter lugar no Auditório, sem lugares marcados, mantendo-se o horário, 22H00, e o valor de bilhética: 3€, com entrada gratuita, para portadores de Cartão Amigo, Sénior e Jovem Municipal, aumentando assim a lotação e a possibilidade de adquirir ainda o seu ingresso. Não perca a oportunidade!
Letra:
Dizem-me que faltam instantes para que o show comece,
O rosto finge ansiedade e nervosismo sem sucesso,
Alguém na audiência comprou o último ingresso,
Não sou hipócrita e confesso
Que esse é o motivo principal de todo o processo.
Assombra-me o medo de não corresponder com a expectativa,
Só quem está no meu lugar sabe o que isso significa,
Sinto flasbacks de toda a minha vida,
Ecos de episódios épicos passam-me em retrospetiva.
Gritam o meu nome,
Aproxima-se o momento de subir lá em cima,
E a performance determina a duração da minha estadia.
Era a vida que eu queria,
Hoje sou dependente dela,
Para garantir o teto que me abriga e o sustento na panela,
Não é altura para pensamentos do tipo,
É incrível como a consciência invade o indivíduo
Só não quero ser arguido,
Quando a miséria for sentença,
Como consequência
Da minha falta de juízo.
Julguem-me os que quiserem,
Critiquem, atirem pedras,
Juro que as que acertem,
Eu construo um paraíso com elas.
Eu Empunho o ceptro,
E Assumo o repto
De te tornar adepto
Do projeto inserto no meu léxico,
E perante o préstito modesto
Que eu conservo e estimo,
E para qual o préstimo a que eu me presto,
É honesto e digno.
Limito-me a cumprir o estabelecido:
Ser transparente quando cante o que escreva,
Para que me percebas e entres no meu íntimo,
Vejas as velas que eu soprei;
Nem todas belas,
Mas superei as mazelas quando as supurei,
E se saboreio os frutos do que plantei,
Suporei que saberei o caminho caso me perca a meio do passeio.
Eu sei o que no seio,
Anseio um dia ver mais tarde.
Não apressei o destino,
Aprecio o que me tinha reservado,
Porque é preciso saber de cor,
As causas do fracasso,
Para desenhar o triunfo,
Com a cor da realidade em cada traço.
Eu oiço, eu oiço….
A voz desses monstros,
Mas hoje, mas hoje…
Eu tenho de semear sonhos.
Tenho um compromisso com o público,
Do mais velho ao mais pupilo,
Que pulsa na plateia como se tivesse comigo no púlpito.
E quanto ao pulha que pilha
O que eu expulso da traqueia
Palpita, deturpa, mina-me à mínima hipótese que tenha,
Não me contamina;
Confira quem queira:
Há tanta pepita na mina que, se não fica oculta, assassina
A firma inteira.
Sente como aplaude a plateia,
E impele para que se quebre a barreira,
Que nos impede de ser uma plêiade
E assim vencer a expectativa,
E como Pigmalião dar vida à Galateia,
Que a minha imaginação lapida.
O privilégio de um artista
Não é o reconhecimento que a obra gera,
Mas ser a único a vê-la antes de expô-la numa tela;
Esse é o peso que me ditou a sina:
Inspirar a criar as "Cidades Invisíveis"
Que nem Calvino imagina;
Porque mais importante
Do que alcançar o que se aspira
É fazer com que quem nos admira também o consiga.
Eu oiço, eu oiço….
A voz desses monstros,
Mas hoje, mas hoje…
Eu tenho de semear sonhos.
A mim, esses monstros também me perseguem,
E , sim, inquietam-me as consequências
A que estes caminhos levem.
No fim,
Todos sentimos o mesmo:
O medo de que aquilo em que acreditamos seja um erro,
Mas enquanto tiver força, tenho esperança.
Portanto, com licença;
A existência é a igualdade que temos para fazermos a diferença,
Podem-me deixar de rastos,
Moldar a minha essência,
Mas nunca roubar o oásis
Que tenho dentro da cabeça.
Fazer desses putos os homens de amanhã,
E ser fonte de luz para essas miúdas, como o nascer da manhã,
E nas rondas noturnas,
Impedir que as sombras lhes toquem os contornos das curvas como
Um dos quadros de Rembrandt.
Mesmo que seja vã
A concretização do meu intento,
Verdade não serve de alimento à boca do tempo.
É isso que dá alento à minha ideia
De fazer o meu 'V' de vitória
Brilhar junto do teu como Cassiopeia.
Eu oiço, eu oiço….
A voz desses monstros,
Mas hoje, mas hoje…
Eu tenho de semear sonhos.
A existência é a igualdade que temos para fazermos a diferença.
Podem-me deixar de rastos,
Moldar a minha essência,
Mas nunca roubar o oásis,
Que tenho dentro da cabeça.
O privilégio de um artista
Não é o reconhecimento que a obra gera,
Mas ser a único a vê-la antes de expô-la numa tela.
Julguem-me os que quiserem,
Critiquem, atirem pedras,
Juro que as que acertem,
Eu construo um paraíso com elas.
Eu tenho uma teoria:
Enquanto o pobre sonha,
A gente rica concretiza,
Mas não há maior miséria
Do que não ter sonhos na vida.
Por isso, eu vejo cada meta
Como um ponto de partida;
Acredita.
Letra: Deau
Voz: Deau e Keso
Beat: DJ Player
Gravação: D-One e Keso
Mistura: D-One
Masterização: Jim Brick
Momo assinala um ano de "VOÁ" com concerto especial em Lisboa No Musicbox, dia 2 de fevereiro
O cantor e compositor brasileiro apresenta-se no dia 2 de fevereiro, pela primeira vez, no Musicbox, em Lisboa, com a sua banda. Momo celebra, assim, 1 ano da edição de "Voá", um álbum bastante bem-recebido pela crítica e produzido pelo compatriota Marcelo Camelo.
No concerto em Lisboa, o músico estará acompanhado por Caetano Malta (guitarra eléctrica), Nuno Carvalho (baixo), Felipe Bastos (bateria) e Rui Alves (percussão).
No alinhamento do espetáculo constam músicas dos seus cinco discos e ainda uma versão de “Assum Preto“, tema composto pelo rei do baião Luiz Gonzaga em parceria com Humberto Teixeira.
Na última vez que atuou na capital, Momo encheu a sala principal do Cinema São Jorge, inserido no cartaz do festival Vodafone Mexefest. Recentemente, o artista residente em Portugal partilhou ainda o palco ao lado de artistas como Camané e Gisela João.
Músicos: a dificuldade que é ser músico em Portugal, mas também a alegria de ter a sensibilidade, a de músico, de cantor, de compositor e de viver ou ser profissional da música em Portugal e no mundo.
“Músicos('es)cravos e rosas”, assim se podia resumir este tema e esta ideia. Os músicos têm coração, por isso são tão fáceis de conquistar.
A vida difícil de músico, cujo tempo forte ou fraco não depende da pulsação ou do ritmo mas sim do facto de ter ou não ter trabalho no dia seguinte….
Músicos escravos de si mesmos ou da própria música como grilhetas…
Em 2017, os músicos César Prata e Sara Vidal estrearam o espectáculo “Cantos da Quaresma” em palco. Este ano é a vez da edição discográfica, com data de lançamento a 16 de Fevereiro de 2018, sob o selo da Sons Vadios. Mais informações em www.sonsvadios.pt.
A Quaresma representa na tradição musical portuguesa um período de sublimação. Saídos da folia do Entrudo, seguem-se quarenta dias de abstinência e reflexão. Ausentes os bailes, calados os instrumentos musicais e até o toque dos sinos, a música tradicional portuguesa incorporou a religiosidade profunda da época quaresmal, geradora de formatos musicais essencialmente vocais, pungentes e profundamente belos: encomendações das almas, martírios, loas, alvíssaras.
Foi este o desafio que dois dos músicos mais prolíficos da música tradicional portuguesa abraçaram. A partir de recolhas de várias zonas do país, César Prata e Sara Vidal desprendem o canto do compasso do rito religioso e convertem-no a uma musicalidade mais ampla, com novas sonoridades melódicas e instrumentais, pouco usuais na prática popular. O resultado final é o equilíbrio entre o respeito pelo legado da tradição e o atrevimento do perpetuar da reinvenção.