Letra
A demora sobeja dos dias
Como quem tenta navegar sem vento
E o desejo?
Alimentado a pão e água
Vai beijando a fome
Quando a tempestade surge
É sempre sem avisar
Vai e vem
"vai e vem"
Incessante
"Incessante"
E parece maior do que a curva do meu olhar
Toma conta de mim
E perdura
" E perdura"
Que é do sol que se vive querendo? "Vivo querendo"
O que é este querer que só se quer lento? "Só se quer lento"
E a lentidão que te vive sorvendo? "Te vive sorvendo"
Mas quem sacia esta sede que te vai bebendo?
Que é do sal que se vive lambendo." Vivo lambendo"
E em suspenso vai-se vivendo
"Vai-se vivendo"
E a leveza?
É a minha teimosia
Como quem finge que nem sequer sente
Se ninguém sabe bem o que fazer
Com a expectativa a flutuar
Nos nossos brandos dias
Mas quando a bonança surge
É sempre sem avisar
Vai e vem
"Vai e vem"
Sem cessar, sem cessar
E parece que dá p`ra viver de tanto nos espraiar
Toma conta do aqui
E perdura
"E perdura"
Que é do sol que se vive querendo. "Vivo querendo"
O que é este querer que só se quer lento? "Só se quer lento"
E a lentidão que te vive sorvendo? "Te vive sorvendo"
Mas quem sacia esta sede que te vai bebendo?
Que é do sal que se vive lambendo? "Vivo lambendo"
Num querer que te deixa sedento "Deixa sedento"
Nesse sol em que te vives estendendo "Te vives estendendo"
E em suspenso vai-se vivendo,
"Vai-se vivendo"
E perdura
E perdura
E perdura
E perdura
Música e Letra: JOANA BARRA VAZ
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