quinta-feira, 12 de julho de 2018

Joana Barra Vaz - A DEMORA


Letra

A demora sobeja dos dias Como quem tenta navegar sem vento E o desejo? Alimentado a pão e água Vai beijando a fome Quando a tempestade surge É sempre sem avisar Vai e vem "vai e vem" Incessante "Incessante" E parece maior do que a curva do meu olhar Toma conta de mim E perdura " E perdura" Que é do sol que se vive querendo? "Vivo querendo" O que é este querer que só se quer lento? "Só se quer lento" E a lentidão que te vive sorvendo? "Te vive sorvendo" Mas quem sacia esta sede que te vai bebendo? Que é do sal que se vive lambendo." Vivo lambendo" E em suspenso vai-se vivendo "Vai-se vivendo" E a leveza? É a minha teimosia Como quem finge que nem sequer sente Se ninguém sabe bem o que fazer Com a expectativa a flutuar Nos nossos brandos dias Mas quando a bonança surge É sempre sem avisar Vai e vem "Vai e vem" Sem cessar, sem cessar E parece que dá p`ra viver de tanto nos espraiar Toma conta do aqui E perdura "E perdura" Que é do sol que se vive querendo. "Vivo querendo" O que é este querer que só se quer lento? "Só se quer lento" E a lentidão que te vive sorvendo? "Te vive sorvendo" Mas quem sacia esta sede que te vai bebendo? Que é do sal que se vive lambendo? "Vivo lambendo" Num querer que te deixa sedento "Deixa sedento" Nesse sol em que te vives estendendo "Te vives estendendo" E em suspenso vai-se vivendo, "Vai-se vivendo" E perdura E perdura E perdura E perdura

Música e Letra: JOANA BARRA VAZ

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