letra
Ruas da minha cidade
Veias que o meu sangue abraça
E põe cravos de ansiedade na lapela de quem passa
Ruas da minha cidade
Onde perco o coração
Poema diz a verdade, diz a verdade canção
Ruas da minha cidade
Amanhecendo a firmeza
De uma ponte entre a Saudade e um Abril à portuguesa
Ruas da minha cidade
Onde vingo as minhas asas
O meu nome é Liberdade e moro em todas as casas
Ruas da minha cidade
Praças da minha alegria
Onde antes da claridade era noite todo o dia
Ruas da minha cidade
Onde o velho é sempre novo
As ruas não têm idade porque são todas do povo
Ruas da minha cidade
Becos de ganga puída
Oficinas da verdade dos operários desta vida
Ruas da minha cidade
Janelas do meu olhar
Onde os pardais da amizade à tarde vêm poisar
Ruas da minha cidade
Rasgadas por minha mão
A gente passa à vontade quando pisa o nosso chão
Ruas da minha cidade
Aonde eu quero morrer
Com cravos de eternidade dos meus olhos a nascer.
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