Letra
Letra: Rodrigo Serrão
Fado: Balada António dos Santos
É preciso ter loucura,
Ser maior, ir à aventura,
Não deixar nada a dizer,
A não ser: “tenho saudade,
De te amar ao fim da tarde,
E assim ter tudo p’ra viver.”
Se hoje conto esta memória,
É p’ra ensinar a nossa história,
A quem não quiser sofrer,
Que um amor p’rá vida inteira,
Dói assim, desta maneira,
E não há nada a fazer.
Somos pedras que o destino,
Quis juntar pelo caminho,
P’ra depois nos ver perder,
Cada qual para o seu lado,
Cada um sendo o passado,
Um do outro a escurecer.
Mas se um dia ao fim da tarde,
Alguém disser: “tenho saudade”,
Eu abro os braços a correr,
Dou-lhe a mão, não digo nada,
Que é melhor ter por morada,
Um fim de tarde p’ra viver.
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