Letra
A lonjura é um degredo
Sem grades para assaltar
Sem olhos, sem mãos, segredo
Boca calada d´amar
É mar que afunda a fragata
É cotovia sem voz
É um orvalho sem prata
Letra sem rosto, sem foz
É lágrima, é destempero
É tabuada aldrabada
Diário do desespero
Diário branco, sem nada.
Um chapéu cheio de traça
A sina contada à toa
A lonjura é uma desgraça
Não há dor que tanto doa.
LONJURA
Poema - Joaquim Sarmento / Música - João Black (fado menor do Porto)