sábado, 21 de julho de 2018

Estraca - Perspectiva


Letra

Lançam uma track, beat, boombap na back, respect
Repete, 'tou fat, meu set na net embalado em pack
Nova gera do rap, moleque compete para cheque no leque
Volta Chullage e traz o Valete!

Elite, não click, não feat, não kit na street
A transmitir aquilo que mais ninguém transmite
Palpite sentido, convite para eu ir, 'tas VIP
Rap é mais do que um bom refrão juntamente com um bom beat

Eu não herdei, lutei, tentei, ganhei
Pensei, sonhei e houve alturas que hesitei
Vacilei mas não parei, apreciei, estudei a lei
Sintonizei, meti no play o rádio velho que eu comprei

Eu estou ciente, conscientemente, loucura aparente
Espalhando a língua lusa de Itália ao Médio Oriente
Independente, diferente ou crente, com fé na vertente
Faço aquilo que ninguém fez com aquele rap que ninguém sente

[Refrão x2]
Bati no fundo, sim, calma um segundo
Ontem rimava no quarto, hoje nos palcos do mundo
E facundo, vagabundo, sim, calma um segundo
Respeito, amor e rap, coisas que nunca confundo


Vem com promessa, boa peça, não interessa, tanta pressa
Ainda tropeça, não stressa, boy, regressa
Fala, confessa, eu sou mais cabra do que a Vanessa
Tenho o meu produto à venda mas não vendo com conversa

Não sou tendência, nem sequer tenho aparência
Mas vivência, consciência, dando voz à minha essência
Excelência, experiência, dando voz à miha ausência
Sem ciência, paciência, transparência , persistência

Não sei, estás a sentir. Notei, estás a mentir
Tentei para conseguir. Ganhei a construir
A progredir e a cuspir, a evoluir sem competir
O que é meu ninguém me tira e o melhor estará para vir

Data agendada, mais uma elite ou na estrada
Sem agente, minha voz por mim mesmo agenciada
Sem fachada, a sério "broda", sem cunhas na caminhada
O teu pouco para mim é muito porque ontem não tinha nada

-REFRÃO-
Só rimas pouco originais, todos com cara de mau e com vidas ilegais
No rap a competir para ver quem vende mais
Iludindo a pitalhada para tocar em festivais

X2

Ainda sinto os arrepios, assobios e desafios
Pensamentos doentios, sombrios, levam desvios
Caguei nos elogios tardios, caguei nas views
Sem guita, sem nome, concertos vazios

Não compliques, não exites, não duvides
Fala amor ou bandidagem, ou se não faz uns bons feats
Deixa-te de palpites, não me irrites, tem limites
Trabalhar juntando guita, comprar beats, fazer clips

Vais duetar, a fazer o que eu não queria fazer
Preferia fazer rap, trabalhar sem receber
Enriquecer basta ceder, basta querer e concorrer
É rimar aquilo que bate para o teu som poder vender

Tu querias e merecias, sentias o que fazias
Mas rap com conteúdo só abrange as minorias
Ontem eram terapias, rimas e melodias
Hoje é música vazia feita para mentes vazias

-REFRÃO-
Só rimas pouco originais, todos com cara de mau e com vidas ilegais
No rap a competir para ver quem vende mais
Iludindo a pitalhada para tocar em festivais

1 comentário:

  1. Bom dia, foi com muito gosto que encontrei esta sua pagina, gostei imenso de percorrer a mesma, confesso que as suas partilhas são me úteis para ter ideias nas minhas publicações, isto, porque tenho um blog de fotografia amadora, com cada uma das fotos, publico uma musica portuguesa, assim, faço a divulgação da mesma, ás mais de 300 mil visitantes e aos cerca de mil seguidores, meu blog não tem fins lucrativos.
    Gostava de publicar a Canção Bandida da Marta Dias, não consigo obter a letra para fazer um copy, pode me informar com o fazer?.
    Continuação de boa semana,
    AG

    Visite o Existe sempre um lugar https://momentosagomes-ag.blogspot.com/ deixe por lá a sua critica, obrigado.

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